A poucos metros do centro da aldeia de Melides, a uns meros 5 quilómetros da paradisíaca linha costeira e a uma hora e meia de viagem de Lisboa, surgem as Casas Pinheiro, um projeto residencial cujo nome homenageia o imponente pinheiro que lá mora. Com mais de 150 anos, a árvore habita este hectare com ligeiros socalcos que, juntamente com a Lagoa de Melides (que fica a poucos minutos a pé), faz parte de um universo ecológico riquíssimo, defendido pela rede europeia Natura 2000. Aqui, fauna e flora convivem em pleno equilíbrio com o espírito comunitário de Melides, a sua tranquilidade e pacatez, traços essenciais também deste projeto. 

Configurando-se como uma extensão do próprio lugar e um enaltecer das suas caraterísticas, as Casas Pinheiro dispõem-se por forma a tirarem dele partido e a darem-lhe ainda maior destaque, adequando-se e moldando-se a um terreno de declive acentuado e criando, nesse processo, sucessivas plataformas a vários níveis que proporcionam a sensação de nunca estarmos a repetir um mesmo lugar, de percorrermos ruas de forma natural e orgânica, e de nos depararmos com vistas surpreendentes. São casas que respeitam a arquitetura vernacular alentejana, desdobrando-se por mais de um piso em áreas generosas, mas que pela sua conformidade ao terreno nos dão a ilusão de estarmos perante habitações térreas: são casas que se se vão descobrindo a partir do momento em que nelas entramos.

Na rua, a perceção é a de sermos bem acolhidos, num ambiente que reflete a escala duma pequena aldeia, que convida a ficar ou a dialogar com quem aqui mora, promovendo uma sensação de comunidade. Rodeados por paredes de cal branca, telhados avermelhados e vegetação que irrompe por entre caminhos de saibro pensados para serem percorridos, somos remetidos para um cenário campestre, onde os limites entre os percursos e as áreas plantadas são impercetíveis e os degraus em pedra nos ajudam a vencer a topografia mais complexa. A sinuosidade criada, tal como a existente no curso dum rio, ajuda a descobrir visualmente espaços variados à medida que os percorremos. 

As casas, com os seus pátios exteriores e jardins, estendem-se com naturalidade do interior para o exterior, numa experiência privada que não deixa de conviver com a comunidade. Rodeadas por plantas herbáceas e pequenos arbustos, oferecem uma sucessão de  pequenas clareiras protegidas por pérgolas e trepadeiras que refrescam, maioritariamente, as fachadas orientadas a sul. Todas as áreas de jardim do projeto, quer nas casas em si quer nas áreas de lazer de usufruto comum, são preenchidas por espécies vegetais autóctones ou já integradas na memória cultural da casa alentejana, plantas essas que conferem a ideia de campo elegante por entre os edifícios que rodeiam, mas também de dinamismo e de transformação ao longo do ano.

Os caminhos desta aldeia desembocam num terreiro que é local de reunião e de utilização múltipla. Por nele se localizarem árvores de maior porte que proporcionam sombra abrangente e fresca, é o local por excelência para as crianças brincarem ao ar livre, mesmo nos dias mais quentes. Mais abaixo, podemos encontrar o principal ponto de encontro da comunidade, assinalado pelo único grande pinheiro-manso existente, que nos encaminha para a piscina e o seu terraço, zona enquadrada por um mural de trepadeiras e outras espécies arbustivas que proporcionam um cenário paisagístico sempre mutável. Uma bica de água corre em contínuo sobre o plano de água da piscina, trazendo frescura e tranquila sonoridade.

Para além deste espaço de lazer, existe ainda um outro onde se incluem um ginásio com sala para a prática de ioga e uma área dedicada aos mais pequenos, com um cube infantil. Serviços de housekeeping, lavandaria, gestão de resíduos e segurança 24/7 estão disponíveis para os moradores. As Casas Pinheiro oferecem por isso, na sua essência, todas as comodidades dum condomínio privado, que privilegia não só o conforto e a partilha, mas também a privacidade e discrição.